Maria João Pires, desiludida com a falta de apoios do Estado Português às artes em particular e à sua em geral, bateu com a porta e partiu rumo a outras paragens. Não recorreu à violência nem ameaçou a integridade física do Primeiro Ministro pelo processo de o pontapear na zona onde normalmente se encontrariam os órgãos reprodutores de forma forte e repetida para gáudio dos darwinistas e da oposição. Não que esteja a querer dar ideias a ninguém pois até desaprovo a violência contra as mulheres.
Assim partiu Maria, levando uma mala de cartão e uma enorme tristeza no olhar, conforme me relatou um senhor baixinho, de fato, que usa óculos, trabalha no PSD e certamente não iria mentir-me. Apoio o gesto.
Como é sabido, o apoio estatal tem sido determinante para a nossa cultura. Sem o apoio do estado nunca se teriam produzido tais obras-primas como "Branca de Neve" de João César Monteiro, o visionário inventor do conceito de cinema para invisuais, ou a filmografia completa de Manoel de Oliveira, tida pela Associação Portuguesa de Luta Contra a Insónia como uma terapêutica lufada de ar fresco, ou ainda os espectáculos de revista à portuguesa com laivos de antiquário vanguardista encenados por Filipe La Féria, essa conceituada artista capaz de reunir consenso em qualquer lar de terceira idade. Sós, estes artistas nunca teriam orçamentos para tais obras, até porque não existem para elas espectadores dispostos a pagar voluntariamente para as apreciar. A solução foi criar um sistema de subsídios para a cultura para que todos contribuam, mesmo os que não assistem, bastando para isso pagar o IVA da sua cerveja mini ou do seu coirato. Mas algo não está a funcionar. Ontem o Saramago, hoje a Maria João Pires, amanhã, quem sabe, os Polo Norte ou o João Baião...
Assim partiu Maria, levando uma mala de cartão e uma enorme tristeza no olhar, conforme me relatou um senhor baixinho, de fato, que usa óculos, trabalha no PSD e certamente não iria mentir-me. Apoio o gesto.
Como é sabido, o apoio estatal tem sido determinante para a nossa cultura. Sem o apoio do estado nunca se teriam produzido tais obras-primas como "Branca de Neve" de João César Monteiro, o visionário inventor do conceito de cinema para invisuais, ou a filmografia completa de Manoel de Oliveira, tida pela Associação Portuguesa de Luta Contra a Insónia como uma terapêutica lufada de ar fresco, ou ainda os espectáculos de revista à portuguesa com laivos de antiquário vanguardista encenados por Filipe La Féria, essa conceituada artista capaz de reunir consenso em qualquer lar de terceira idade. Sós, estes artistas nunca teriam orçamentos para tais obras, até porque não existem para elas espectadores dispostos a pagar voluntariamente para as apreciar. A solução foi criar um sistema de subsídios para a cultura para que todos contribuam, mesmo os que não assistem, bastando para isso pagar o IVA da sua cerveja mini ou do seu coirato. Mas algo não está a funcionar. Ontem o Saramago, hoje a Maria João Pires, amanhã, quem sabe, os Polo Norte ou o João Baião...
2 comentários:
Não esperando outra coisa ...
... ainda me surpreendes!
Este blog já está nos favoritos! :-)))
Porra, não me digas ca gaja foi po Brasil, enserralvar o saco-azul ca Fátima Felgueiras tinha levado para fins culturais? Não, é que isso vai dar tudo ao mesmo. O dinheiro que estava naquele saco era dos nossos impostos!
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