Emigrantes preferem Espanha

Segundo as últimas estatísticas, Portugal está a ser ultrapassado pelo país vizinho no que diz respeito à importação de mão-de-obra estrangeira e às escolhas de quem procura um novo país para trabalhar. Muitos têm sido os imigrantes a abandonar o nosso país rumo a Espanha em busca de melhores condições.

Isto preocupa-me. Por um lado isso significa que os imigrantes estão a ficar mais exigentes e que em qualquer altura pretenderão mesmo ser pagos pelos seus serviços. Há já quem arrisque previsões de quantias superiores a várias dezenas de euros mensais numa perigosa tentativa de aproximação à barreira psicológica do meio salário mínimo nacional (BPMSMN), com consequências drásticas para a o sector da construção civil. Num sector que, segundo os empresários, vai "de mal a pior", esta sondagem terá levado já alguns deles a reacções de pânico tais como ponderar manter o mesmo automóvel por períodos que, em alguns casos, poderão vir a exceder um ano ou até mesmo a fazer mensalmente uma refeição em casa.

Num cenário mais extremo fazem-se projecções de evolução da situação até ao ponto em que os imigrantes que restarem exigirem um salário mínimo completo e inscrição na Segurança Social. Com toda a população activa a pagar impostos, rapidamente o governo deixaria de encontrar razões para manter a sobrecarga fiscal sobre os contribuintes, embora devido aos níveis de criatividade económica desde sempre demonstrados pelos nossos dirigentes e políticos, não se vislumbrem motivos para preocupações nesse sentido.

Do ponto de vista antropológico-cultural podemos vir a sentir alterações em zonas tão carismáticas como as Linhas de Sintra e de Cascais, nomeadamente a sua repovoação por indivíduos de etnia caucasiana, o que irá fazer com que esses locais fiquem descaracterizados.

No topo das minhas preocupações não poderia deixar de estar o decair das relações de agradável convívio entre Portugueses e emigrantes provenientes do Brasil e do Leste da Europa, campo que tem assistido a grande desenvolvimento graças a iniciativas que tantas vezes esquecem ao elogio e que deveriam ter mais apoio por parte do Estado, não ficaria mal ao Presidente da República fazer uma pequena homenagem mas cada um sabe de si, claro que me refiro à secção de convívio do jornal Correio da Manhã.

1 comentário:

Tareco disse...

Ai se a D. Maria desconfia que andas a querer desencaminhar o Sr. Silva... vais ver!