Descanse em paz...


Eu ainda sou do tempo em que o jornal 'Público' era uma publicação que apetecia comprar. Assisti ao seu nascimento, no dia 5 de Março de 1990, e nesses tempos era uma sinfonia noticiosa bafejada pela isenção e qualidade de conteúdos, brilhantemente orquestrada por Vicente Jorge Silva. Tornou-se imediatamente uma referência para mim que pensava (fantasiava) na altura seguir uma carreira ligada ao jornalismo. Já me tinha constado que o pasquim teria batido as botas mas no outro dia quando soube do espalhafato gerado por uma notícia que envolvia um Primeiro Ministro, um avião e tabaco, e que fora dada, contra todas as minhas mais loucas suspeitas, pelo 'Público', constatei que era verdade. Morreu. E não deixou substituto que, inspirado nos seus tempos áureos, salvasse a honra do convento. Conseguiu ser mais parvo que o 'Correio da Manhã'. Imagino o que pensará o antigo director... 'Anda um pai a criar um filho para isto?'

1 comentário:

Tareco disse...

Pois é. Foi um jornal de referência até à chegada do Zé manel, que para além de neo-liberal empedernido faz o que o dono lhe manda. Muito obdiente, o moço. Ok, se não fosse sujeitava-se a ir para o olho... tadito, o homem precisa de trabalhar.