E o burro sou eu?


Esta coisa do Euro nunca foi sinónimo de boas notícias… Aderimos ao €uro e em pouco tempo os preços quase duplicaram. Organizamos um e vimo-nos gregos na final (e na inauguração) que perdemos em casa. Este ano perdemos primeiro o treinador e depois os quartos…

Não sou supersticioso, (não acredito nisso porque dá azar) mas achei um bocado mau presságio aquela campanha com a malta toda a empurrar o autocarro da selecção daqui até Coques-Âgés-de-Bouchon (Cascos-de-Rolha-Mais-Velhos). Só mesmo a Galp para patrocinar um autocarro sem combustível. Depois de uma viagem assim como queriam que a rapaziada ganhasse o campeonato?

De facto a crise dos combustíveis aliada às altas temperaturas que já se fazem sentir estão a ter resultados imprevistos na forma de pensar dos portugueses em particular e dos dirigentes da Galp em geral. E não me venham cá dizer que é devido ao facto de o presidente do conselho de administração ser um Nabo que eu não acredito em coincidências. Aliás, longe de mim fazer piadas sobre o bom nome dos Murteira Nabo.

A campanha demonstra sentido de responsabilidade. E até deve ter sido assim que surgiu a ideia:

-Ó Nabo!
-Sim, Sr. Presidente?
-O que é que queria o Madaíl ao telefone? Esse gajo não nos tem largado!
- Queria um patrocínio de um autocarro e combustível para os miúdos dele irem para um campeonato europeu.
- Arranje-lhe um autocarro cheio de autocolantes e um cartão com desconto de 5 cêntimos no litro. Se caírem nessa e atestarem o depósito nas nossas bombas, vai dar para pagar o aluguer e ainda temos lucro!

E agora? Como vamos entreter os portugueses e as portuguesas? O dia de ir a Fátima já passou. A greve dos pescadores já lá vai e a dos camionistas também (e, durante a greve, Mário Lino absteve-se de dizer uma só palavra em francês, demonstrando assim que burro velho desaprende línguas). A ideia de fazer um buzinão para reclamar a subida dos preços dos combustíveis também não pegou, vá lá perceber-se porquê. Para mim a ideia é genial, pois a primeira coisa que me apetece fazer quando sei que houve um novo aumento é correr para as bombas, encher o depósito e circular a baixa velocidade horas a fio enquanto buzino freneticamente. O conceito tinha pernas para andar. Aposto que o Dr. Proença de Carvalho gostaria de ter pensado nisso!

3 comentários:

Tareco disse...

Posthilário. Ri-me a bandeiras despregadas.

Tareco disse...

Peço desculpa por voltar à carga, mas depois de uma curta reflexão, resolvi deixar-te um conselho de amigo: eh pá, deixa de escrever estas porcarias, senão ninguém te leva a sério - acontece-te como ao Mário Lino.

Paulo Moiteiro disse...

Eu escrevo estas aleivosias pela mesma razão que a Galp aumenta os combustíveis mesmo quando o petróleo baixa: porque posso!